Veículos e esportes sempre estiveram lado a lado e como ocorre apenas de quatro em quatro anos, nada mais justo do que carros olímpicos prestarem suas homenagens às olimpíadas, não é mesmo?

Além dos carros olímpicos, é comum que veículos façam homenagens a outras competições esportivas, como é o caso da copa do mundo, por exemplo.

Certamente, você como um bom brasileiro deve estar curtindo as olimpíadas e torcendo pelos atletas brasileiros, mas te perguntamos: você já se deparou com algum carro olímpico por aí?

Foi pensando em trazer informação privilegiada que nossos especialistas trazem hoje algumas versões que se inspiraram nos jogos olímpicos.

Se você nunca viu um carro olímpico, separe um tempinho do seu dia para conferir os modelos que tentaram ganhar medalhas com a galera. 

Bora  lá?

Existe uma série de carros olímpicos. 

Alguns são bem bonitos e agradáveis e outros trouxeram mudanças pontuais para receberem “apenas” o título de veículo olímpico.

Embora muita gente acredite que veículos com série especiais e temáticas são novidades, isso não é verdade.

Veículos temáticos são comuns há muito tempo, afinal, se trata de uma jogada de marketing das montadoras para tentar levar uma graninha a mais. 

Vamos te mostrar agora os que mais fizeram sucesso e agradaram ao público! 

O primeiro dos carros olímpicos é o VW Voyage Los Angeles de 1984, que foi criado para homenagear as olimpíadas da cidade estadunidense daquele ano. 

O sedã da época trazia como diferencial a pintura em um azul especial uma série de equipamentos únicos que não estavam nos modelos convencionais. 

No interior, o modelo recebeu volante do Passat GTS, bancos Recaro e carpetes no porta-malas. 

Por fora, o modelo contava com spoiler dianteiro e traseiro, faróis de neblina quadrados iguais os do Santana, para-brisa degradê, rodas de liga leve, vidros verdes e faixas laterais. 

No entanto, diferente do que se poderia imaginar, as vendas empacaram.

Há quem diga que os carros encalhados nas concessionárias foram repintados para que se livrassem dos estoques. 

Outro ponto sobre os Voyage Las Vegas é que a Volkswagen produziu apenas 10% da quantidade de veículos que queria fazer. 

Por conta da baixa produção e adesão, o veículo se tornou um modelo raro e possui um alto valor de revenda. 

Em 1992 foi a General Motors que criou uma edição a fim de homenagear as olimpíadas e o carro escolhido foi o famoso Monza “tubarão”.

A série vinha com faixas decorativas laterais nas cores vermelha e amarela, em alusão é claro à bandeira espanhola e com nome do modelo estampado.

O Monza Barcelona foi vendido na cor prata Argenta e também era equipado com rodas de liga leve de aro 14 polegadas, exclusivas. 

As capas dos retrovisores seguiam a mesma tonalidade da carroceria. 

Na cabine, havia uma moldura vermelha na gravatinha que é o símbolo da Chevrolet ao volante, com encostos de cabeça vazados e uma preparação de som especial, que contava com quatro alto-falantes e antenas. 

A série especial era baseada na versão SL e foi oferecida com duas opções de motores: 1.8 e 2.0 a gasolina ou a álcool e com injeção eletrônica, algo inusitado no mercado para a sua época. 

No ano de 1996 as olimpíadas voltaram para os EUA e com os jogos, tivemos mais carros olímpicos no mercado com a VW investindo na série alusiva ao evento. 

Na época, a montadora alemão fez um aporte de quase US$ 5 milhões somente para criar as edições limitadas para o Gol e para a Parati “bolinhas”. 

O design por fora era um tanto quanto discreto sem grandes diferenças aos modelos convencionais. 

O nome da série especial estava nos para-lamas traseiros e na tampa dos porta-malas, em listras horizontais vermelhas e brancas ornamentadas por uma tocha olímpica. 

As rodas de 14 polegadas eram de aço e tinham um desenho exclusivo e um jogo de pneus mais largos. 

O Gol e a Parati Atlanta recebiam faróis com refletor duplo. Além disso, as capas dos retrovisores eram na cor do veículo e tinham um ar de destaque. 

Para-brisa degradê e vidros verdes eram outros itens presentes na série. No interior, revestimento diferente dos bancos e volante de três raios trazidos diretamente do esportivo Gol GTI. 

A série olímpica do Hatch e da perua contava também com duas variantes de motor: 1.6  e 1.8 ambos com injeção eletrônica. 

Quatro anos mais tarde, mais precisamente no ano 2000 as olimpíadas voltaram a acontecer, dessa vez em Sidney na Austrália! 

E mais uma vez o VW Gol foi o escolhido para ter uma série olímpica especial. 

Dessa vez o nome da versão não foi a cidade sede, mas sim a medalha mais desejada de quem disputa. Assim, entre os carros olímpicos, tivemos o primeiro em alusão ao ouro olimpíco. 

O Gol Série Ouro era equipado com motor 1.0 16V e tinha os equipamentos mais sofisticados da época, além de adesivos laterais alusivos às olimpíadas. 

E justamente nessa olimpíada com o carro de ouro, o Brasil conquistou seis medalhas de prata, seis de bronze e nenhuma de ouro. 

Em 2004 o Polo era o que havia de mais moderno entre os modelos da Volkswagen no início do novo milênio.

Assim, a montadora não perdeu tempo para usar o seu menino dos olhos para reeditar a série ouro!

Desta vez a edição foi alusiva aos jogos que estavam sendo disputados em Atenas, o berço das olimpíadas da era moderna. 

Limitada a apenas 2.160 unidades, o Polo Ouro contou com o inesquecível conjunto ótico de lentes redondas duplas, spoiler traseiro com brake-light integrado, rodas de liva leve com aro de 15 polegadas e setas indicadoras com lentes brancas. 

Vidros escuros, frisos laterais na cor do veículo completavam o pacote visual. O recheio empolgava mais que o Gol Ouro. 

Para finalizar, o modelo tinha ainda ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos, banco do motorista com regulagem de altura e alarme. 

De 2004 a 2016 ficamos com um vazio de carros olímpicos. Até que os jogos vieram ao Brasil.

Pois, como a patrocinadora das primeiras olimpíadas disputadas no Brasil, a Nissan foi rápida. 

Assim, em 2016 ela lançou o March Rio. O compacto produzido na fábrica em Resende (RJ) teve uma produção de apenas mil unidades, com numeração gravada na grade frontal. 

A marca dos jogos do Rio estava estampada na traseira e o nome Rio 2016 estava nas laterais na cor laranja. 

Então, o mesmo tom estava presente em detalhes como capa de espelhos, grande dianteira e para-choques traseiros e dianteiros. 

Ademais, o carro contava ainda com spoiler traseiro e rodas de liga leve com aro 16’’.

Com base na versão SL, o March Rio 2016 contava apenas com motor 1.6 16V de 111 cavalos. 

Mas os equipamentos aumentavam a relação custo x benefício. Pois o modelo continha: ar-condicionado digital, câmera de ré, direção elétrica, central multimídia com GPS, tela sensível ao toque e comandos no volante. 

Assim, como você viu, carros olímpicos não são novidades. 

Nesse ano, provavelmente por conta da pandemia não tivemos nenhum carro especial, mas para os próximos jogos, os de Paris em 2024 são grandes as chances de contarmos com alguma edição alusiva às olimpíadas mais uma vez. 

Mas agora que você já conheceu alguns carros olímpicos que tal conhecer exemplares incríveis e raros?

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